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O que são os espaços de apropriação?

O operador projetual do espaço de apropriação pode ser definido como a ideia de um espaço sem uma função própria predeterminada, com um uso eventual acrescido pelas próprias virtudes do lugar, surgidas de um desenho intencional ou não. Não se trata de um espaço polivalente já que nos espaços de apropriação não há várias funções prefixadas compatíveis entre si; a função realizada é a que o usuário desenha ou inventa de maneira efêmera, orgânica. Na realidade, mais importante que a prática que tem lugar, é a experiência subjetiva de estar em um espaço convertido, embora seja temporariamente, no próprio. Desta nuance surge a expressão “espaço de apropriação”, que também tem o mérito, como veremos, de inserir a reflexão arquitetônica no debate e a teoria da apropriação do espaço, tão presente no último quarto de século.

A entrada da literatura e sociologia em torno do conceito de apropriação são muito extensas. Não obstante, o marco que se propõe aqui parte da teoria que faz uma divisão tripartida de elementos, que protagonizam a apropriação do espaço (place attachement): a pessoa (quem se apropria), o processo (como se produz) e o lugar (que é o apropriado). E dentro destes o que tem mais interesse aqui é o terceiro: O que o lugar tem que faz que possamos nos conectar com ele? Portanto é pertinente a ordem dos termos, não se fala de apropriação do espaço – o que nos leva do estudo individual ao coletivo, o apropriador – mas de espaço de apropriação. Espaços com qualidades ambientais especiais: com uma temperatura especialmente agradável em um hall de entrada, galeria, o canto com janele que, também, oferece uma vista interessante, pelo que o usuário de idade avançada se sente ali, também atraído pela possibilidade de um encontro e conversação espontânea com um vizinho.

Dormitórios para estudantes (Disentis, Suiza, 2004) Gion Caminada.

Núcleo de escadas entorno de habitações para estudantes, que incrusta nichos e espaços de apropriação

Yokohama aprt.(2011) ON design & partners. 4 estúdios, área comunitária permeável a pequena comunidades formada entre as unidades com espacio coletivo de apropriação em pb.

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